Ser pai é, ou deveria ser, uma
dádiva. A esta bênção costuma estar associado o momento em que alguém decide
abdicar da sua existência egocêntrica e passa a viver em função de um rebento
do seu ser. Mas será este conceito tão redutor? Não se pode ser pai e continuar
a ser egocêntrico? Deverá um pai viver apenas em função do seu filho? Bem,
estas são algumas das questões para as quais há respostas preconcebidas e
politicamente corretas, mas nem sempre pacíficas, ou nunca totalmente acertadas,
como em tudo na vida: uma falácia entre tantas outras….
Ser pai, quanto a mim deverá ser
algo mais elevado, deverá ser a disponibilidade criada para o outro, seja ele
consanguíneo ou apenas filho do coração; ser pai deveria ser um presente
recebido de sorriso rasgado, mesmo que inesperado; ser pai é o tanto que pode
tornar-se tão pouco; ser pai é o nada que é tudo, como o mito pessoano… enfim,
apesar de muitas vezes ofuscado pelo brilho de ser mãe, também o é tantas
outras facilitado pela mesma mãe que protege
ambos. Assim, a parentalidade não deveria permitir-se conflitos de
género, quando ela própria nasce da comunhão dos mesmos; não deveria
alimentar-se de brigas infundadas e infantilizadas, quando quem deveria ser o
infantil é o que sai mais magoado…
Ser pai é tudo menos uma data no calendário e
parece-me que urge lembrar a importância que cada vez mais tem na perseguição
de um bem maior: a criação de SERES mais humanos, de indivíduos capazes de
egoísmo e altruísmo, de distinguir o bem e o mal…capazes de Amar, Respeitar e
Honrar a sua existência.
Feliz dia aos Pais e aos Filhos!
❤️
ResponderEliminarTão verdade!
ResponderEliminarBeijinho
Nantilia
Saudaditas, Nantília. Que belas conversas. Espero que estejam bem!
EliminarBeijinho amigo :*